sábado, 25 de junho de 2011

Eu não sei amar você!

Se eu soubesse o que dizer, acredite que eu DIRIA.
Eu não soube amar você como exige os filmes, como dita os livros, não houve lei que se encaixasse em nós, mas existia e desde então ficamos perdidos. Quando séria olhei pra você na cama e pausadamente e roca disse EU TE AMO pela primeira vez na minha vida, não pareceu mágico eu não tive um tão esperado “eu também” nem um ardente beijo, eu tive um sorriso... E foi com aquele sorriso que eu acreditei que não vingaria o que eu acabava de jogar na terra, então quando abri o cartão em poucas palavras você disse “Obrigado por mais um ano do meu lado, te amo” então cresceu ali como se fosse o pé de feijão de Joãozinho. Mas eu era pequena demais pra compreender o que havia plantado, nem havia espaço pra crescer.

Eu era jovem, e tinha que descobrir o amor pra sofrem, crescer, amadurecer e depois lembrar que NÃO ERA AMOR. Então tá bom eu já estava ciente que um dia ia olhar pra todo esse capitulo soltando algumas gargalhadas sabendo o quanto foi tolo o meu primeiro amor. Então se foi magoas, lágrimas e no próximo ano nos encontramos novamente, ele me deu um abraço de urso e disse “Que saudade”. Era tudo novo, um ano tinha se passado, e tanta coisa nos chateado e estávamos ali o casal mais feliz do shopping. Então tudo se foi mais trágico do que a primeira vez, lágrimas, desespero, ingratidão, dor, dor, dor... Então perdemos o contato o rancor tomou conta nos nossos corações precoce. Bom eu sabia que ele não sentiria tanto quanto eu me desesperei ao ponto de cuspir cada pedaço meu e deixar que tudo se perdesse por ai. Passei anos na tentativa de um novo reencontro, buscava encontrar ele casualmente nas ruas da cidade, algo que nunca aconteceu levando em conta a pequena cidade onde moramos.
Então eu fui viver, mudança de colégios, novos amigos, rapazes que eu disse amar, outros que odiei, alguns que me serviram de muletas. Vieram outros nomes, outros rostos, outros desejos, hobby, paixões, veio perdas, ganhos.
Veio a faculdade, a ansiedade, a mudança, veio meu violão e uma turma de boêmios, veio viagens, reuniões comemorativas com pessoas agradáveis, veio doenças e superações, conversas com pessoas incríveis de outra parte do mundo, veio filmes novos, novos top na musica, veio desastres no mundo inteiro, veio toda uma vida que você não fez parte e mal sabe que veio. E sei que veio pra você outro mundo, um mundo de possibilidades, conquistas, mudanças, crenças, romances, frustrações, satisfações, um mundo do qual eu não fiz parte e nem sei como veio.
Então com a chegada de 2011 veio o reencontro que eu tão sonhava nos meus 15 anos... De primeiro impacto eu senti raiva, raiva de te encontrar, se saber que você esta ótimo, que tudo que podemos conversas é mais velho do que seu novo visual, o que eu vou perguntar? Da sua mãe, sua cachorra e depois dizer o quanto somos tolos? É tão trivial o nosso reencontro se não fosse o meu adormecido AMAR. . . Então você vem dizer sobre saudade, mas o que você sabe de saudade? Se é eu que me lamentava todas as noites, e quando finalmente esqueci, você surgi pra dizer que era amor. . . Que você não veio pra eu diferenciar o que é amor ou não, você veio confirmar que eu sou a mesma garota que ganhou um sorriso distribuído ao dizer “Te amo”. A questão querido que eu não sou a culpada por não saber amar, eu aprendi a amar ao te ver pelas ruas, se eu só soube chorar, dramatizar, perdoar, me enlouquecer, é que eu não soube diferenciar o que meu coração gritava o que meu coração queria o que eu precisava. . . Então você me fez ver que nenhum pecado, nenhuma boa ação foi em vão, que o futuro guardava minha certeza, a certeza de ainda existir pra você.
TOLICE! Eu ainda sou a mesma garota tola que você encantou há mais de 7 anos atrás, eu deveria estar lapidada e incrivelmente irresistível quando você chegasse, mas eu não estava te esperando, era pra não ser baderna, era pra não ser amor, era pra eu sentir NADA...
TOLICE! Você voltou, trazendo as mesmas incertezas, talvez eu não saiba amá-lo como você não sabe olhar pra mim. Se eu soubesse o que fazer saiba que eu FARIA. Mas eu me perco em você e tento de qualquer, QUALQUER maneira te tocar, mas você não olha pra mim.
Quando eu souber o que falar, como fazer, será que assim você olhará pra mim? Mas se for assim talvez você nunca possa ver que mesmo sem saber amar eu amo você.


Nenhum comentário:

Postar um comentário